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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Tamy nos palcos de Maputo

A cantora brasileira Tamy actua esta quinta, 13, na Rua D´Arte, baixa da cidade de Maputo, no quadro das várias iniciativas de intercâmbio cultural entre a Rua D´Arte e outras institutições moçambicanas e estrangeiras que promovem este tipo de actividades de lazer.
Considerada como a nova estrela da música brasileira, no campo da Bossa Nova, Tamy foi premiada em vários festivais de talentos do Brasil, tendo actuado com diversos músicos famosos, entre os quais o grupo Paralamas do Sucesso, Leila Pinheiro, João Bosco e Cláudio Zali.
Tamy tem dois discos editados: "Soul mais Bossa" (2004) e o que leva o seu próprio nome (Tamy) lançado este mesmo ano.
Semana passada, recordo, esteve e actuou em Maputo, a cantora brasileira Marti´nália, filha do sambista Martinho da Vila. Este ano também esteve em Moçambique uma das divas da MPB Gal Costa.
É caso para dizer: o intercâmbio cultural entre Moçambique e o Brasil está a conhecer níveis nunca antes registados.
Refiro que na capital de Moçambique funciona, num edifício construído nas primeiras décadas do século passado, o Centro de Estudos Brasileiros, cujo director é o escritor moçambicano Calane da Silva.

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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Miriam Makeba: a Luta Continua

Roberto Saviano escreveu Gomorrah, livro publicado em 2006 que expôs detalhes e segredos da Camorra, a máfia napolitana.
As mesmas páginas foram transformadas em filme já este ano e Saviano acabou ameaçado pelas organizações criminosas da cidade de Nápoles.
Miriam Makeba, nome maior da música sul-africana e activista pelos direitos humanos, esteve em Itália para um concerto de apoio ao jornalista-escritor.
Após a actuação, Makeba foi vítima de um ataque cardíaco. Acabaria por morrer, com 76 anos.Na verdade, o seu desaparecimento físico seria sempre motivo de notícia, e não apenas porque associada a uma controversa aparição pública que levou os meios de comunicação de todo o mundo a procurar eventuais teorias conspirativas. Mas a sustentação de tais hipóteses faz-se de fragilidades.
Miriam Makeba manteve ao longo dos anos uma relação de afecto com Moçambique pelo simples facto de que os moçambicanos, durante a luta contra o regime racista da Africa do Sul, acolheram no seu território as bases dos guerrilheiros do Congresso Nacional Africano (ANC), que hoje governam o seu país.
Aliás, milhares de moçambicanos, inocentes, foram mortos em massacres e bombardeamentos da avião sul-africana, justamente porque apoiavam a luta dos seus irmãos.
Nesta quinta-feira, os radiouvintes da Rádio Moçambique, poderão escutar a gravação de um espectáculo que Miriam Makeba abrilhantou no Cinema Gil Vicente em Maputo, capital de Moçambique, no dia 25 de Junho de 1976, um ano após a proclamação da Independência de Moçambique.
O espectáculo, que tem como música principal "A Luta Continua", cuja matriz passaremos no programa "Clube dos Entas", nunca foi editado em disco, não se sabendo se a Rádio Moçambique vai agora permitir, em acordo com a Editora de Miriam, que se publique. O espectáculo, na verdade, é uma relíquia. Muito pouco gente sabe da sua existência na Fiteteca da RM.
Assistiu ao espectáculo o fundador da República de Moçambique, Samora Machel e sua esposa, Graça Machel (hoje mulher de Nelson Mandela). Samora Machel viria a morrer em território sul-africano na queda do seu avião, quando regressava de uma missão em que justamente se debateu a luta contra o regime do Apartheid na Africa do Sul.

O espectáculo pode ser ouvido no: “Clube dos Entas”, Quinta-feira (22H05) ou Segunda-feira (02H05) em 92.3 (FM) ou na net: www.rm.co.mz