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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

World Music Center promove curso em Maputo

O projecto dinarmarquês World Music Center desenvolvido pela Aarhus Music School daquele pais europeu, acaba de escalar Moçambique para ministrar um curso de formação de professores de música tradicional.

Apadrinhado pelo músico moçambicano, Gimo Remane, radicado na Dinamarca há mais de vinte anos, o projecto visa igualmente fazer a advocacia da necessidade de se apostar na inclusão da disciplina musical no ensino em Moçambique.

Comparativamente à Dinamarca, Moçambique é um pais que ainda tem muito que fazer para que a educação musical seja uma realidade. Com mais de 20 milhões de habitantes, Moçambique apenas tem uma única escola de musica: a Escola Nacional de Musica. Já a Dinamarca, segundo Lance D’Souza, Director do Projecto World Music Center, com apenas 5 milhões de habitantes, tem mais de 300 escolas de musica, cinco universidades, cinco conservatórias de musica clássica e cinco orquestras sinfónicas.

Para Gimo Remane, a musica moçambicana esta a perder os seus valores tradicionais dai a necessidade de se apostar na introdução da disciplina de educação musical desde o ensino básico (primário) ate ao superior.

Ele nasceu na província de Nampula (norte do pais) mas foi na Ilha de Moçambique onde cresceu influenciado pela sua diversidade musical fruto do cruzamento de culturas de povos africanos e árabes. Muito cedo mostrou os seus dotes musicais, tocando com grupos culturais dos bairros da ilha e, desde 1974, embalado pelos ventos da independência nacional, começou a compor e a cantar musicas na sua própria língua, o macua.

Artista determinado, fundou em 1985, na companhia de outros músicos, entre os quais Salvador Maurício, a banda Eyuphuru (vendaval), que muitos sucessos e alegria proporcionou aos amantes da musica de Moçambique, dentro e fora do pais.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Musica - MART’NÁLIA: Uma grande voz na nossa varanda

MARTI’NÁLIA, a filha do consagrado sambista brasileiro Martinho da Vila, está já em Moçambique. Pela primeira vez, algo que o pai já o fez mais de uma vez.
Nos concertos que ela vem realizar em Maputo e Tete estará na companhia da sua banda, composta por 12 elementos.
Pode-se dizer, por isso, que ela vem espalhar o perfume da sua voz na varanda que Mocambique é para o oceano Índico.
O seu primeiro concerto está programado para esta quinta-feira, 6, as 20.30 horas, no Centro Cultural Universitário, em Maputo, no qual também subirá ao palco a a popularíssima cantora moçambicana Mingas, também dona de uma grande voz.
O segundo concerto de Mart’nália será sexta-feira, 7, às 19 horas, no Pavilhão do Benfica de Quelimane, na Zambézia, onde também cantará o jovem Marius.
E o último foi agendado para as 22 horas de sábado no Coconut, na capital moçambicana, no qual estará também em palco a jovem Irinah.
Mart’nália é tida como uma artista com uma voz doce e meiga, e profissional em palco.

sábado, 18 de outubro de 2008

Música de Moçambique: entre a miséria e o sublime

A música moçambicana é bastante rica devido aos diversos instrumentos tradicionais que possue.
Entre muitos, cito apenas alguns exemplos, excluindo naturalmente os vários tambores que, de um modo geral, são universais.
Temos o Pankwe, o xigoviana, citata (este feito com uma cabaça envolta em pele de Jiboia), a Xipalapala.
Devido ao facto de muitos instrumentos musicais modernos serem bastante caros e os músicos serem uns “desgraçados” (nem sequer tem dinheiro para comprar cordas), muitos fabricam as suas próprias violas, utilizando latas e madeira e arame normal, conseguindo mesmo assim produzir sons de encantar o ouvido mais mal educado que existe à face da terra.
Mas o expoente máximo da cultura musical moçambicana está na Marimba. Anualmente, realiza-se um festival dos Marimbeiros de Zavala, onde exímios tocadores da timbila e poetas de ocasião, famosos em todo o mundo, podem ser vistos a cantar e dancar.
Curiosidade: os Marimbeiros de Zavala foram classificados pela Unesco como Património Cultural da Humanidade.
Na foto, um marimbeiro cego, à beira da Estrada Nacional número 1, que liga o sul, o centro e o norte de Moçambique.