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sábado, 18 de outubro de 2008

A Miss Pemba/2008: a beleza da etnia Macua

Sexta-feira assisti a diversas manifestações culturais que estão a marcar os 50 anos da cidade de Pemba, situada na terceira maior baía do mundo. Uma das trinta que constituem o Clube das mais belas do mundo.
Foi eleita a Miss Pemba/2008. Está entre as que se podem ver nas imagens.
O caricato: se estivesse no júri em nenhuma das concorrentes daria o meu voto, simplesmente porque as verdadeiras misses, essas, encontravam-se entre a assistência. Eram “aningue nices”.

Pemba: a mais bela baia do mundo




A viajem de carro do sul ao norte de Moçambique, ou seja de Maputo à cidade de Pemba, começou no dia 15.
O trajecto percorreu a Estrada Nacional número 1, a chamada espinha dorsal de Moçambique, numa distancia de 2.500 km.
Atravessei savanas, planíces, rios e riachos, parques naturais; tomei contacto com as gentes e seus usos e custumes, num mosaico constituído por cerca de duas dezenas de tribos e etnias; testemunhei as alegrias e tristesas e sonhos dos moçambicanos; senti o pulsar de um país que ainda luta para proporcionar à grande maioria dos seus cidadãos pelo menos uma refeição por dia.
E a cada kilometro percorrido novos Moçambiques ia descobrindo.
Estou em Pemba. É a capital da província de Cabo Delgado. Neste dia 18, Pemba comemora as suas Bodas de Ouro, pois foi a 18 de Outubro de 1958 que o poder colonial português decretou que o vilarejo já tinha estatuto para ser cidade.
Esta cidade está implantada na terceira maior baía do mundo, tendo sido recentemente admitida pela Unesco como membro do Clube das Trinta Mais Bonitas Baías do Mundo.
As festividades das Bodas de Ouro da Cidade/Baía de Pemba começaram no dia 17 e vão atingir o clímax este sábado com várias manifestações cultural.
O turismo é a sua principal fonte de riqueza, visitando a Baía de Pemba milhares e milhares de turistas, maioritariamente europeus, americanos e canadianos (canadenses) e asiáticos. Não se tem memória de turista brasileiro, infelizmente, embora cidadãos do Brasil se encontrem a viver e a trabalhar em várias cidades de Moçambique.
Na imagem acima pode se ver: Mahomed Galibo, Director da Televisão de Moçambique, eu (Edmundo) agachado e António Marques, Director do ATCM (Automóvel Touring Clube de Moçambique) um “doido” pelas incursões automobilísticas pelo país inteiro. A sua proxima avetura fara o trajecto Maputo (Mocambique) e Zamzibar (Tanzania). Falarei de ambos em proximas ocasioes.

Incursão pelo Moçambique profundo

Ninguém pode reclamar ter mais conhecimentos que o outro sobre o seu próprio país.
Um país sempre será um espaço geográfico e temporal que esconde segredos e mistérios, que se vão desvendando num desfiar interminável dos nós de uma corda cuja ponta é inalcançavel.
Quero com isto dizer que o conhecimento completo do meu país, Moçambique, só pode ser encontrado no somatório dos conhecimentos que estão na posse de cada um dos dezoito milhões de moçambicanos, eu incluído. Os outros, os pesquisadores estrangeiros sobretudo, apenas têm informações técnicas, dispersamente sistematizadas.
Para mergulhar no Moçambique profundo nada mais simples do que, de mochila nas costas, gravadores de som e imagem, encetar, de preferência desprogramado, uma viagem do sul ao norte do país.
Estou pois mergulhado nesta aventura: Já palmilhei de carro desde o dia 15, 2.500 kilometros, desde a capital do país, Maputo no sul, encontrando-me agora em Pemba, no no norte.
É claro que foi uma das mais belas das milhentas de aventuras que já empreendi, apenas com a particularidade de esta decorrer num Moçambique que se desenvolve ao ritmo das exigências da chamada globalização.
Nos próximos dias, contem com curiosidades deste “Moçambique moçambicano”.