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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Podcast - Os maiores trompetistas do Jazz

O grande Freddie Hubbard: falecido em 30/12/2008


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Ola queridos amigos e visitantes do Blog JazzMan! Este é mais um post resultado da pareceria com o Blog Farofa Moderna. Primeiramente, Feliz Ano Novo a todos! Segundo, sejam bem vindos a mais um programa do nosso Podcast Farofa Moderna. Esse programa é totalmente dedicado aos maiores trompetistas da história do Jazz, mais a partir do Jazz Moderno, e segue numa trilha que começa com o Bebop de Dizzy Gillespie, passa pelo hard bop de Lee Morgan, depois passa pelo post-bop de Woody Shaw até aportar-se no neo-bop de Wynton Marsalis. Todos esses nomes – bebop, hard bop, post-bop, neo-bop – parece, num primeiro momento, deixar a apreciação um tanto difícil para quem está começando a se interar do universo jazzístico. E apesar de algumas pessoas optarem por não querer saber sobre o quê os rótulos representam, há outras que querem entender as características de cada um deles e as diferenças entre eles, pois são nada mais do que nomenclaturas usadas para denominar estilos e épocas do Jazz. É com essa intenção de mostrar esses estilos que eu escolhi uma linhagem de trompetistas com influências em comum, a qual começou com Dizzy Gillespie e foi se desdobrando na história do Jazz cada um influenciando o outro subseqüente: ou seja, Dizzy influenciou Clifford Brown que influenciou Lee Morgan e Donald Byrd; Clifford Brown influenciou Freddie Hubbard que influenciou Woody Shaw e Wynton Marsalis. Aliás, um outro fato interessante é que, com exceção de Dizzy Gillespie que começou a carreira com Charlie Parker na década de 40 e de Woody Shaw que foi descoberto por Chico Hamilton e revelado por Eric Dolphy na década de 60, todos os outros aqui citados tocaram na banda Art Blakey’s Jazz Messengers, recebendo a tutela do grande baterista Art Blakey, um dos “pais”do estilo de jazz denominado como hard bop. Enfim, este podcast mostra com clareza as características de cada trompetista que foram o expoentes das suas épocas ditando padrões e tendências: todos queriam copiar Dizzy Gillespie, o trompetista que exploravava toda a extensão do trompete (da parte grave às notas mais agudas) com uma rapizez e um fraseado fora de série; Clifford Brown foi o trompetista que caracterizou a transição do bebop para o hard bop: ele tocava ágil, com uma criatividade espantosa e sempre com as notas bem claras e destacadas; Lee Morgan, por sua vez, era o virtuoso do hard bop que tinha preferência por baladas e temas mais dançantes com um som intenso e um grande senso melódico; Donald Byrd era ágil e tinha um fraseado sequenciado, límpido e uma sonoridade cristalina, ligando as notas sem deixar falhas; Freddie Hubbard fraseava pausadamente sempre de forma inventiva e exuberante; Woody Shaw, que recebeu influencia direta de Hubbard e Eric Dolphy, inventou seu próprio fraseado, dispondo, também, de uma improvisação que consistia em tocar de forma melódica impregnando, no meio, suas frases únicas, até hoje inigualáveis; e, por fim, Wynton Marsalis, o virtuose trompetista de sonoridade macia que sabe tocar de várias formas, com vários fraseados e em vários estilos – nessa faixa do podcast, Wynton está no início da sua carreira e mostra-nos um fraseado cadenciado, rápido e próprio com influências de Freddie Hubbard, Miles Davis e Woody Shaw.

1º Bloco – tema de abertura: I Got Rythm – Freddie Hubbard com Wynton Kelly Quintet

1 - Wheatleigh Hall (do disco Duets de 1957)

Dizzy Gillespie - trumpete
Sonny Rollins – saxofone tenor
Tommy Bryant - contrabaixo
Ray Bryant - piano
Charli Persip – bateria

estilo: bebop

2 - Quicksliver ( do disco Immortal Concerts: New York City, Birdland Club - February 21, 1954)

Clifford Brown - trumpet
Art Blakey - drums
Horace Silver - piano
Lou Donaldson alto saxofone
Curley Russell – bass

estilo: bebop/hardbop

2º Bloco – tema de abertura: Gaza Strip – com Lee Morgan

3 - Zip Code ( do disco Infinity de 1965)

Lee Morgan: trumpet
Jackie McLean: alto saxophone
Larry Willis: piano
Reggie Workman: bass
Billy Higgins: drums
estilo: hard bop

4 - The Injuns (do disco Byrd in Hand de 1959)

Donald Byrd - trumpet
Pepper Adams - baritone saxophone
Walter Davis, Jr. - piano
Sam Jones - bass
Charlie Rouse - tenor saxophone
Art Taylor - drums
estilo: hard bop

3º Bloco – tema de abertura: The Mootrane – Woody Shaw

5 - The Intrepid Fox (do disco Red Clay de 1970)

Freddie Hubbard - trumpet
Joe Henderson - tenor saxophone
Herbie Hancock - electric piano
Ron Carter - bass
Lenny White - drums

estilo: hardbop/ post-bop

6 - Katrina Ballerina (do disco The Mootrane de 1974)

Woody Shaw -Trumpet
Cecil McBee - bass
Tony Waters - Congas
Victor Lewis - Drums
Guilherme Franco - Percussion
Onaje Allen Gumbs - Electric Piano
Azar Lawrence - Soprano and Tenor Saxophone
Steve Turre - Trombone

estilo: post-bop

4º Bloco – tema de abertura: Knozz Moe-king - com Wynton Marsalis

7 - Chambers of Tain ( do disco Live at Blues Alley de 1986)

Wynton Marsalis - trumpet
Robert Hurst - bass
Jeff "Tain" Watts - drums
Marcus Roberts – piano

estilo: neo-bop




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sábado, 15 de novembro de 2008

Podcast: Vocals Jazz - Standards e Jazz-Pop


Norah Jones
Jane Monheith
Jeanne Lee
Diane Reeves
Diane Krall
Jennifer Sanon [foto]
Stacey Kent
Cassandra Wilson

Stuff Smith
Bobby McFerrin
Harry Connick Jr
Kurt Elling
Jamie Cullum


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Olá queridos colegas do Blog Farofa Moderna e do Blog Jazzman!. Venho com mais um dos nossos regulares podcasts, dessa vez mostrando alguns dos cantores e cantoras do Jazz Contemporâneo, bem como alguns cantores das décadas passadas. A ênfase, no entanto, é dada aos populares standards do songbook americano e às composições autorais desses músicos e cantores que enfocam o Jazz-pop contemporâneo. A surpresa é a magnífica cantora Jeanne Lee, a cantora do jazz que mais se indentificou com o avant-garde sessentista. Outra surpresa é o violinista Stuff Smith com seu estilo a La Louis Armstrong de cantar.

Essa é o que eu chamaria de "música palatável": aquele tipo de jazz pra curtir de fundo musical, sem maiores exigências ou compromisso com a arte, mas que, ainda assim, é um estilo de importância para a formação de público no Jazz, apesar de não representar nenhuma novidade jazzística. Poderemos perceber, portanto, que no Vocals Jazz atual há, ainda, cantores e cantoras que evocam os grandes crooners e as grandes lady sings do Swing Jazz das décadas 30 e 40: como é o caso de Diane Reeves e Harry Conny Jr. Assim como também há cantoras e cantores que aplicam uma roupagem mais puxada para o pop contemporâneo como fazem Norah Jones, Diana Krall e Jammie Cullum. Vanguardistas metidos a pós-modernos que passem bem longe do podcast, pois não vão gostar do "jazz açucarado" aqui apresentado. Puristas do Jazz que odeiam aquele aspecto mais pop também não gostarão de algumas partes do podcast, Norah Jones e Jammie Cullum (aquele garotinho de 28 anos, sex simbol inglês) também deixam seus pop-jazz ou jazz-pop impregnados em dois dos blocos do programa.

Boa Audição a todos!!!

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sábado, 20 de setembro de 2008

Podcast - As influências do Rap no Jazz

Greg Osby Greg
Osby





































Na sequência:



Horace Silver

Jimmy Smith

James Brown

Gill Scott-Heron

Greg Osby e DJ Ghetto

Branford Marsalis & Buckshot LeFonque

Wynton Marsalis Quintet

Gang Starr - Dj Premier e Mc'Guru

Matthew Shipp & Antipop Consortium

Gang Starr - Dj Premier e Mc'Guru

Roy Hargrove & The RHFactor

Courtney Pine & Susaye Greene

Jazzanova featuring Capitol A






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Tudo começa com o blues: de um lado artistas negros como Ray Charles e Sam Cooke se apropriavam do gospel das igrejas para misturar ao blues, criando, assim, uma roupagem de música que ficaria chamada de Soul Music. Do outro lado os jovens músicos negros do Jazz como Horace Silver, Art Blakey, Miles Davis e Lee Morgan, também fugiam dos velhos standards, criando, assim, seus próprios temas carregados de Blues e Gospel: no Jazz nasce, então, um estilo que ficaria conhecido como Hard Bop, ou seja, era as influências do Bebop de Charlie Parker trabalhadas no âmbito mais espirituoso da música afro-americana. Nessa época já se falava em um adjetivo denonimado “funky” que podia ter vários sentidos, dependendo do âmbito em que se estava trabalhando: “dar mais ritmo”, feeling, “pegada”, “ênfase” em alguma frase; havia também o groove que era um termo mais ou menos relacionado ao funky. Em releases na época do Soul e Hard Bop o funky já aparecia não apenas como um adjetivo: em obras discos como Groovin' at Small's Paradise de Jimmy Smith, Moanin’ de Art Blakey, Silver’s Blue de Horace Silver e The Sidewinder de Lee Morgan, o “funky” já era um elemento constante bem percebido nas marcações rítmicas e nos chamados “riffs” que era as repetições em blues, mais propriamente para dar ênfase à acordes e arpejos de blues criando um sistema de perguntas e respostas: era a nova configuração de “Blues and Swing”. Todos esses elementos já eram bem comuns no blues arcaico e nos gospels songs das igrejas onde o reverendo ou o coral entoavam uma frase e a congregação respondia de forma espirituosa e frenética.



James Brown, um cantor que iniciou sua carreira cantanto Soul Music, foi um dos que atrelou o elemento “funky” ao ritmo, criando assim um estilo que passou a chamar do mesmo nome: Funk. A sacada de James Brown foi usar sessões de instrumentos com arranjos jazzísticos que criavam “riffs” que respondiam suas “perguntas” enquanto ele cantava, ao mesmo tempo em que a bateria criava uma batida bem característica. A partir dessa configuração, o Funk surge como uma grande revolução da música afro-americana, do mesmo modo em que o Rock – que, inicialmente, também surgiu de influências do blues com o country ou rockabilly - era tido como a música revolucionária dos brancos (alguns estudiosos dizem que até o Rock seria um ritmo genuinamente afro-americano). O “beat” ( ou a “batida”) característica do Funk levou ao aparecimento do Rap (ritmo e poesia): o pianista e tecladista Gill Scott-Heron foi um dos primeiros artistas a trabalhar com o Funk e Jazz ao mesmo tempo em que impregnava protestos em forma de poesia, criticando o sistema, a política e toda a opressão e conflitos pelos quais os negros sofriam em seus guetos urbanos. O período entre as década de 60 e 70 é bastante confuso e intenso porque marcou, além de outras revoluções culturais, a definitiva rebeldia dos negros contra o sistema político norte-americano; nas comunidades afro-americanas surgiu o movimento black power, no cinema surgiu o movimento Blaxploitation, nas grandes cidades urbanizadas surgiram os guetos e as gangues de rua, e, por conseqüência, surgiu a toda cultura Hip Hop caracterizada por esses movimentos e por formas de expressão como o grafitte e o Rap (ritmo e poesia).



Como podemos ver a toda música afro-americana é um desdobramento dos elementos raízes como o blues e gospel que surgem no início do século XX (a partir da opressão e de trabalho) e passa a se desenrolar criando suas variáveis. E é com as misturas das suas próprias variáveis que a música afro-americana se renova e se inova a cada década. A essência desse podcast é entender como surgiu o Rap e como ele vem influenciando o Jazz desde a década de 80 quando a cultura Hip Hop passa a ser não mais uma “cultura marginalizada” mas uma “cultura elitizada” que, a propósito, passou a ser vista como uma cultura de mídia. Músicos de Jazz como Branford Marsalis, Greg Osby, Steve Coleman e Roy Hargrove foram alguns dos pioneiros responsáveis por misturar e trabalhar com as possibilidades do Funky e Hip Hop. Branford Marsalis, um dos expoentes do Neo-Bop a surgir na década de 80, chegou a trabalhar em parceria com o grande cineasta Spike Lee (também um dos maiores ícones da cultura negra a surgir na década de 80) compondo uma mistura de Jazz e Rap para alguns dos seus filmes: com eles também trabalharam o DJ Premier e o Mc Guru, membros do grupo Gang Starr. Branford ainda chegou a montar um grupo na década de 90 que se chamou Buckshot LeFonque com um projeto que visava misturar Rap com Jazz. Roy Hargrove também trilhou pelos mesmos caminhos montando o The RH Factor, trabalhando tanto o Hard Bop quanto o Hip Hop. Greg Osby chegou a trabalhar por diversas vezes em parcerias com DJ’s e produtores do Hip Hop. Ou seja, não há como negar essa influência: até Wynton Marsalis, o famigerado conservador que aparece como um intruso nesse podcast, chegou a compor uma faixa onde ele canta e toca baseado no “rhytmn’poetry” em seu disco From the Plantation to the Penitentiary, um disco que caminha na mesma linha de protesto que a maioria dos primeiros discos de Hip Hop. Por fim o podcast mostra aspectos do novo R&B com o saxofonista Courtney Pine e o Jazz-Rap como influência de trabalho para o grupo Jazzanova, um conjunto de produtores berlinenses que trabalham com criações em torno das variabilidades da música eletrônica como House, Acid Jazz e Trip Hop, usando, na maioria das vezes, o Jazz e outros elementos da cultura norte americana em seus remixes ou até mesmo interações de pickup's e músicos de Jazz.



Para saber mais sobre o assunto leia o ensaio:



Do funky ao Rap: o frequênte uso do "beat" no Jazz





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quarta-feira, 9 de julho de 2008

Podcast: A Música de Wayne Shorter

Olá, bem vindos a mais um podcast: dessa vez o Podcast Farofa Moderna aborda algumas das interessantíssimas composições de Wayne Shorter.

Wayne Shorter se evidenciou, inicialmente, na grande banda - e grande escola do Hard Bop - Art Blakey’s Jazz Messengers, do grande baterista Art Blakey, um dos pais da bateria moderna e um dos maiores mestres da história do Jazz. Já nessa banda o jovem Wayne Shorter se revelou um grande líder e compositor, chegando até ser o braço direito de Blakey. Nesse período a banda também tinha os grandes Lee Morgan e Freddie Hubbard como os trompetistas efetivos. O podcast aborda duas composições do início de Shorter como líder: o programa começa com a composição "Blues à La Carter" e "Pug Nose", criações que estão no disco “Introducing Wayne Shorter de 1959, com os grandes hardboppers que eram regulares colaboradores de Miles Davis até então; em seguida vem uma a composição "Dance Cadaverous" do disco Speak no Evil de 1964. Com tanto sucesso e talento à mostra, Wayne Shorter foi logo requisitado por Miles para substituir o posto que pertenceu à John Coltrane até 1959; até 1963 Miles trabalharia com uma banda indefinida: em 1964 banda define aquele que é chamado de “ segundo quinteto clássico de Miles Davis”, chamando os jovens Wayne Shorter (sax tenor), Herbie Hancock (piano), Tonny Williams (bateria) e Ron Carter (contrbaixo). Para todos na banda, trabalhar com Miles Davis foi uma ascensão e tanto: especialmente para Wayne Shorter que logo ocupou o posto de principal compositor da banda. Essa fase de Miles Davis é conhecida como “jazz modal”, pois desde o lançamento do álbum Kind of Blue em 1959, Miles vinha trabalhando preferencialmente com composições escritas baseadas nas escalas modais propostas por George Russel e não mais em acordes, desencadeando, assim, uma grande revolução harmônica que, de forma elaborada, chegou a convergir até mesmo com atonalidade já presente no Free Jazz: dessa fase tardia do Hard Bop - que também pode ser entendida como o iníco do período denominado Pós-Bop - ouviremos três composições interessantíssimas de Shorter: Pinocchio, Footprints e a balada Íris. Por fim, o posdcast termina com mais duas composições de Shorter, as quais estão no disco The Soothsayer e Adam's Apple, discos de 1965 e 1966 respecitivamente. O ultimo tema do podcas é a linda composição Ana Maria de 1974, fase em que Wayne Shorter já estava trabalhando com o Fusion: nesse ano de 1974, Shorter tinha vindo ao Brasil com seus amigos Herbie Hancock e Airto Moreira, o percussionista brasileiro que tinha sido parceiro de Hermeto Pascoal anos antes e tinha se mudado para os EUA em 1970, chegando a ser um dos regulares integrantes das bandas fusionistas de Miles Davis.

Aqui no Brasil, Wayne Shorter se encantou com a riqueza sonora proposta pelo vigente Tropicalismo e, mais ainda, se encantou com a música lírica e melodiosa do mineiro Milton Nascimento, um dos cantores brasileiros que, cada vez mais, ultrapassava as barreiras nacionais para fazer sucesso mundo afora. Assim, Shorter chama Milton Nascimento para gravar o grande disco Native Dancer em 1974, criando mais um dos maiores clássicos do Fusion. Em “Ana Maria”, composição que está no disco Native Dancer, Wayne Shorter toca lindamente seu sax soprano, instrumento que viria a ser sua segunda opção de trabalho depois do sax tenor.

Observação: Muito embora, alguns críticos afirmam que Wayne Shorter tem seu grande espaço na história do Jazz justamente por causa das suas célebres composições, temos que nos lembrar que ele é também um dos maiores saxofonistas; talvez o único que pudesse substituir John Coltrane no mainstream naquela época: Shorter, que inicialmente tinha Trane como uma das suas maiores influências, se torna um saxtenorista de estilo próprio e peculiar, sobretudo a partir do período em que trabalhou com Miles Davis. O podcast aborda esse período áureo de Shorter.


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OBS: se você quiser escutar este podcast sem baixar ou quiser escutá-lo enquanto baixa, é só clicar no player do Podcast Farofa Moderna aqui mesmo no Blog Jazzman: o player se encontra no lado direito, abaixo dos Podcasts Jazzman e Ziriguidum. Boa Audição!

1º Bloco

Blues à La Carter ( do disco “Introducing Wayne Shorter” de 1959)
Pug Nose (do disco “Introducing Wayne Shorter” de 1959)

Wayne Shorter - tenor saxophone
Lee Morgan – trumpet
Wynton Kelly - piano
Paul Chambers - bass
Jimmy Cobb – drums

Dance Cadaverous ( do disco Speak no Evil de 1964)

Wayne Shorter - tenor saxophone
Freddie Hubbard - trumpet
Herbie Hancock – piano
Ron Carter – bass
Elvin Jones - drums

2º Bloco

Pinocchio (do disco Nefertiti – Miles Davis 1967)
Footprints ( do disco Miles Smiles – Miles Davis 1966)
Iris ( do disco E.S.P – Miles Davis 1965)

Miles Davis – trumpet
Wayne Shorter – tenor saxfophone
Herbie Hancock – piano
Tonny Wylliams – drums
Ron Carter - bass

3º Bloco

The Soothsayer ( do disco The Soothsayer de 1965)

Wayne Shorter – tenor saxophone
James Spauding – alto saxophone
Freddie Hubbard – trumpet
McCoy Tyner – piano
Ron Carter – bass
Tonny Williams – drums

Adam’s Apple ( do disco Adam’s Apple de 1966)

Wayne Shorter – tenor saxophone
Herbie Hancock – piano
Reggie Workman – bass
Joe Chambers - drums

Ana Maria ( do disco Native Dancer de 1974 – Wayne Shorter e Milton Nascimento)


sexta-feira, 4 de julho de 2008

Wynton Marsalis Quintet - O Neo-Bop







Ouvir 1ª parte



Ouvir 2ª parte









Para baixar e salvar em seu computador é só clicar com o botão direito do Mouse e depois em Salvar Como



Bem vindos ao nosso regular Podcast que dessa vez traz mais um número da série A Música de Wynton Marsalis!!!



Nesse quinto número da série é dado ênfase às interessantíssimas composições de Wynton trabalhadas na estrutura tema-improvisação-tema, bem como ao fabuloso Wynton Marsalis Quintet que teve início em 1981: o Wynton Marsalis Quintet teve seu fim em 1986 quando o pianista Kenny Kirkland e o irmão de Wynton, o saxtenorista Branford Marsalis, sai do grupo para participar de uma turnê com o cantor pop Sting; em 1986 o pianista Marcus Roberts substitui Kenny Kirkland formando, assim, um Quarteto. Em 1987 Wynton tenta reformular seu quinteto chamando alguns músicos de New Orleans como o saxtenorista Todd Williams e o baterista Herlin Riley, esse substituindo o fantástico Jeff "Tain" Watts que também pára de trabalhar com Wynton nessa época. No entanto, essa fase de 1987 a 1989 com um grupo indefinido, foi apenas uma fase transitória para que Wynton tivesse a idéia de uma nova formação, bem como uma nova concepção de trabalho: foi aí que ele formou o fantástico Septeto em 1989, grupo com o qual trabalharia suas ousadas suítes regadas tanto com a tradição quanto com as formas mais modernas de Jazz (o curioso é que essa mudança de um jazz polirítmico e modal, com o qual Wynton se estabeleceu, para um Jazz aparentemente mais tradicional, causou frustrações de críticos que estavam acostumados a bater palmas para os intrincados solos de Wynton, bem como às roupagens modernas do seu Quinteto, com composições modais já mostrando aquele estilo único de imprimir uma conversação entre os músicos, mudanças de rítmo para criar nuances variadas numa mesma composição, swing e uniformindade dos arranjos. Ademais, o podcast mostra outros momentos interessantes os quais Wynton Marsalis trabalhou com combos indefinidos como, por exemplo, em 2006 e 2007, anos em que ele lançou discos pelo selo Blue Note, trabalhando com quarteto e quinteto respectivamente. Essa faceta de Wynton é mais caracterizada por abordagens modernas e originais do Bebop e HardBop: por isso é um estilo que foi denominado Neo-Bop.Segue um vídeo que mostra um pouco do som do quinteto, bem como as composições de Wynton contidas no Podcast:







01 - Jodi ( Art Blakey's Jazz Messengers with Wynton)

02 - Twilight ( do disco "Wynton Marsalis" de 1981)

03 - Phryzzinian man ( do disco Black Codes de 1985)





04 - Black Codes (do disco Black Codes de 1985)

05 - Melodique ( do disco J Mood de 1986)

06 - Insane Asylum ( do disco J Mood de 1986)





07 - For Wee Folks ( do disco Black Codes de 1985)

08 - In The Afterglow ( do disco Standard Time-1 de 1986)

09 - Cherokee ( do box Live at Village Vanguard de 1999) *





10 - The Magic Hour ( do disco The Magic Hour de 2006)

11 - Delfeayo's Dilemma ( do disco Live at Blues Alley de 1986)

12 - Big Fat Hen ( do disco The Magic Hour de 2006)





13 - Jigs Jig ( do disco Levee Low Moan de 1988)

14 - Harriett Tubman ( do Tick in the South de 1988)

16 - Chambers of Tain ( do disco Live at Blues Alley de 1986)**

15 - Where Y' All at ( do disco From the Plantation to the Penitentiary de 2007)





* composição de Ray Noble

** composição de Kenny Kirkland





Clique nos links abaixo para acessar toda a programação:



Blog Farofa Moderna



Podcast Farofa Moderna



Boa Audição!



terça-feira, 24 de junho de 2008

Podcast Farofa Moderna no Blog Jazzman!

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Queridos colegas e apreciadores do Blog Jazzman! Desde janeiro desse ano de 2008 venho com essa prática que já pode ser considerada, de certo modo, uma febre na internet, ou seja, falo do Podcast, uma espécie de programa de rádio caseiro que pode ser baixado e ouvido a qualquer momento. O primeiro programa que eu editei foi em caráter experimental e fala das várias facetas de Wynton Marsalis, um músico o qual é considerado o principal jazzista do final do século XX: aquele que foi responsável pelo Renascimento do Jazz a partir do inicio dos anos 80. Pois bem: acabei seguindo com outros programas sobre a relação do jazz com a música erudita do século XX, os maiores saxofonistas da atualidade, as novas bandas e músicos de nossa Música Instrumental Brasileira, o Blues, as grandes vozes da MPB, os maiores pianistas do Jazz atual e, agora mais recentemente, estou pra encerrar a série sobre A música de Wynton Marsalis e começar outras séries como Os Maiores Combos do Jazz que é o tema do mais recente programa. Enfim quero dizer que pra quem tem dificuldades de ouvir um bom programa de rádio com programas comentados sobre jazz e música instrumental eis aqui uma modesta proposta: o Podcast Farofa Moderna.

Programas:

• O Jazz do Século XXI
• Os Maiores Combos do Jazz
• O Free Jazz de 1958 a 1970
• Blues: do Delta ao Blues-Rock
• Entre o Jazz e a Música Erudita
• Grandes Pianistas do Século XXI
• Novas Bandas e Músicos do Brasil
• Wynton Marsalis: as várias facetas
• Vozes da Música Popular Brasileira
• Saxofonistas do Jazz Contemporâneo
• Wynton Marsalis: influências do Gospel
• Wynton Marsalis: arranjos vanguardistas
• Wynton Marsalis: recriando o New Orleans
• Brazilian Jazz, Choro, Bossa Nova e outros

Espero receber e-mails dos amigos do Blog Jazzman com críticas, comentários e sujestões como eu recebo dos freqüentadores do Blog Farofa Moderna. A minha intenção, sobretudo, é mostrar as diferentes sonoridades que permeiam o Jazz, a Word Music e a MPB englobando desde o velho e tradicional até o moderno e a vanguarda, pois considero que a boa música supera a rotulagem: quem gosta de boa música não tem tempo pra ficar criticando esse ou aquele músico sob o engodo dos rótulos ou de tendências mercadológicas e até mesmo sob supostas tendências artísticas. Quem gosta de Jazz gosta de Jazz, ou seja, tem de não só entender que o Jazz começou com o canto e batucada dos negros americanos no século 19 e, hoje, caminha para formas diversas de improvisos, mas tem de ser convincente e apreciador tanto do novo quanto do velho: isso se o tal apreciador quiser ter uma opinião completa, onde a maior coerência dessa completude é o respeito que une o velho e o novo como uma ponte que sempre sairá da tradição e aportará no moderno, independente do tempo em que estivermos: hoje ou amanhã! Enfim, agora os apreciadores do Blog Jazzman poderá ouvir alguns programas aqui mesmo no blog: o player está do lado direito abaixo dos Podcasts Jazzman e Ziriguidum ! Os programas são de no máximo 68 minutos. Se quiserem ouvir os outros programas de maior duração e que não estão inclusos neste player é só acessar meu blog onde as programações estão no lado esquerdo e em forma de postagens. Clique nos links abaixo para acessar toda a programação:


Blog Farofa Moderna

Podcast Farofa Moderna


Obrigado Léo! Obrigado a todos os amigos do Blog Jazzman!

domingo, 15 de junho de 2008

Podcast Farofa Moderna: Pianistas

Marcus Roberts




















Ouvir este Podcast (Download: Clique direito + Salvar Como)

Assim como o trompete e sax tenor, o piano é um dos instrumentos que, durante a história, ditou algumas vezes os rumos e as estéticas do Jazz. Apesar de ser um instrumento que nas últimas décadas conseguiu mostrar poucos executores exímios e poucos inovadores além dos veteranos, o piano hoje é farto de inovadores não só dentro dos EUA mas no mundo. Cada um à sua maneira, à sua técnica, ao seu estilo e antenado com a realidade musical de suas localidades, esses pianistas tem estados no topo durante os anos 90, sendo que alguns apareceram ainda no começo desse século XXI prometendo revolucionar a arte de tocar piano e, por consequência, mudar os rumos do Jazz ou reinventá-lo apartir das inovações passadas. Assim esse programa traz nove pianistas: salientando desde os pianistas que dão vida ao Jazz chamado Mainstream, desde os que dão vida ao Jazz de Vanguarda. Segue a lista:

Stigmatims - do disco Blood Sutra 2003

Vijay Iyer - piano
Stephen Crump - baixo
Tishawn Sorey - bateria

Backyard - do disco House on Hill

Brad Mehldau - piano
Larry Grenadier - baixo
Jorge Rossy - bateria

XYZ - do disco Another Mind 2003

Hiromi Uehara - piano
Dave DiCenso - bateria
Mith Cohn - baixo

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Time and Circumstance 1996

Marcus Roberts - piano
Dave Grossman - baixo
Jason Marsalis - bateria

Cornette - do disco From Gagarin's Point of View 2000

Esbjörn Svenssom - piano
Dan Berglund - baixo
Magnus Öström - bateria

Ayetanams - do disco Erans 2004

Satoko Fuji - piano
Yoshida Tatsuya - bateria

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Sound It Out - do disco Black Stars 2001

Jason Moran - piano
Sam Rivers - flauta

Elasticity - do disco Gravitacional Systems 1998

Matthew Shipp - piano
Mat Maneri - violino

Mason Dixon Line - do disco Genuine Chestnut 2006

Cyrus Chestnut - piano
Neal Smith - bateria
Michael Hawkins - baixo

Boa Audição !

Para ter acesso a toda a programação do Podcast Farofa Moderna é só acessar:





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