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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Maputo: Umoja pela segunda vez

Palco (ainda em montagem) onde vai ocorrer o "Umoja"

Maputo, a capital de Moçambique, vai ser palco de mais uma edição do projecto cultural Umoja, um acto que vai decorrer esta sexta-feira e sábado. Estarão em cena mais de 50 músicos provenientes de vários pontos de África e da Noruega.
O ponto estratégico para o grande espectáculo é a Praça da Independência, situado defronte do oceano índico.
Moçambique está representado neste evento pelas Escolas Nacional de Dança, Música e de Artes Visuais, sendo que o país vai exibir danças tradicionais como Marrabenta, Xingombela, Ngalanga, Zore, Nfena, entre outras tipicamente nacionais.
O conceituado músico Xidiminguana e as bandas Timbila Muzimba e Rock Fellers são algumas das que foram chamadas para abrilhantar a festa. O músico Stewart Sukuma e a sua banda, a jovem Marlene estarão igualmente em palco, à par dos cantores Zico, Anita Macuácua, Trio Fam.
Da África do Sul virão a banda Malaika e o músico General Muzka. Busi Ncube do Zimbabwé, Tewodros Mosisa da Etiópia, Eric wanaina do Kénia, Ray C da Tanzania entre outras figuras de renome musical internacional e da Noruega, fazem parte da nata fina a desfilarem até ao sol raiar na Praça da Independência.
O festival é financiado pelo NORAD e a Embaixada da Noruega, e, segundo Rufus Maculuve, da organização, os preparativos estão a bom ritmo, com os músicos ansiosos e afinando os seus instrumentos musicais para não decepcionarem o público carinhoso que sempre tem sido fiel ao evento, pois neste festival o objectivo é mostrar a diversidade do mosaico cultural em que vários povos se unem num só.
O Projecto Umoja que prima pela cooperação virada para o horizonte, tem sido interessante pelo facto de ao longo dos anos unir os países membros deste preciosa acção através da canção, da dança e outras manifestações artísticas.
No exterior, outros parceiros fazem igualmente parte do Umoja nomeadamente Academia de Show Music da Tanzânia, Associação dos Educadores de música do Zimbabwé, Colégio de música do mesmo país, projecto de artes para jovens e crianças da África do Sul, Colégio Central de Joanesburgo, Academia Norueguesa de Música, Escola de Manutenção de artes da Noruega e Escola de Música e Finalização de artes na Noruega.
Este programa tem como patronos a cantora Miriam Makeba da Africa do Sul, Oliver Mutukuzi do Zimbabwé e o pintor Malangatana de Moçambique.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

De Moçambique um "maningue nice"

Chamo-me Edmundo Galiza Matos. Moçambicano. Jornalista de profissão há cerca de 30 anos. Sempre no serviço público de radiodifusão de Moçambique: Rádio Moçambique.

Ingressei no jornalismo alguns meses depois da proclamação da independência de Moçambique, em 1975, após o derrube do regime colonial-fascista português, com a chamada “revolução dos cravos”, a 25 de abril de 1974.

Tal como muitos jovens moçambicanos na altura (1975), também fui chamado a substituir os portugueses que então abandonavam Moçambique de regresso a Portugal por não concordarem com a independência do meu país.

Quer dizer: apreendi o ofício de jornalismo – de radiófilo neste caso – na prática, uma vez que não houve tempo para frequentar algum curso.

Com o passar dos anos, e depois de tantos erros cometidos, tanto eu quanto outros jovens, fomos adquirindo experiência na profissão, ouvindo estações de rádio estrangeiras que era possível sintonizar (da África do Sul, sobretudo), o que me permitia o aperfeiçoamento do meu desempenho.

À medida que o país ia tomando as rédeas do seu destino muitos dos jovens jornalistas inexperientes eram enviados para o estrangeiro (sobretudo para os países do bloco comunista mas também para Portugal, Cuba e até Brasil) para se aperfeiçoarem nas várias vertentes do jornalismo radiofónico.

Não estarei errado se disser que hoje os melhores jornalistas que Moçambique possue (em rádio, televisão e imprensa escrita) são todos audidatas, ocupando hoje, muitos deles, cargos de chefia nos diversos orgãos de comunicação social, incluindo os privados.

Neste momento, para além de editar e apresentar jornais radiofónicos, sou produtor e apresentador de um programa essencialmente musical, que achei por bem chamar de “O Clube dos Entas”, destinado a um auditório da faixa dos 40/50/60 anos: daí os “Entas”. Basicamente, o programa fala e passa a música da minha geração: desde o jazz e as suas variantes até ao Blues, Rock, Fusion, a Nova Trova Cubana (Sílvio Rodriguez, Sara Gonzalez, Pablo Milanés, etc), a MPB (Caetano, Chico, MBethânia, Gal Costa, HPascoal, ILins, GVandré, MNascimento, GGil, etc). Detesto Roberto Carlos e toda essa gentalha que está sempre a “choramingar”.

Para uma percepção das minhas inclinações culturais e outras, o meu “wwwclube70.blogspot.com está aí disponível. Refiro que a “cultura” da blogosfera é ainda “criança” em Moçambique, tal como se pode aferir da qualidade do sítio.

Quanto à minha coloboração para o “jazzmanbrasil”, sugiro o envio de toda e qualquer informação sobre a música e outras expressões de arte não só do meu país, como também de África, com principal enfoque para a região da África Austral.

Por isso, meus caros amigos, eis-me aqui, inteiramente à vossa disposição.
O meu endereço é:
Edmundo Galiza Matos: eagmatos@gmail.com
Maputo, Moçambique
Telefone +258 82 427 9 568 (móvel)
+258 21 78 11 11 (casa)
Blog: wwwclube70.blogspot.com (Att: depois dos w´s não colocar o (.) ponto.
Um abraço e até breve